GETÚLIO VARGAS

No domingo, dia 25, completaram-se 60 anos da morte de Getúlio Vargas. Sua trajetória política teve início no Rio Grande do Sul, seu estado natal, e sob a influência e liderança de Júlio de Castilhos, expoente do positivismo, Getúlio em carreira política foi deputado estadual, chegou à Câmara Federal, e logo se tornou líder da bancada gaúcha. Foi Ministro da Fazenda no governo Washington Luiz, em 1926, e logo em seguida, em 1927, foi eleito governador do Rio grande do Sul. Em 1930, tendo como vice João Pessoa, foi  candidato de oposição à Presidência da República e perdeu as eleições.

Com a morte de João Pessoa, assassinado em Recife, desencadeou um movimento que acabou culminando na Revolução de 1930, que derrubou a República Velha, e levou Vargas à chefia do Governo provisório estabelecido.

Getúlio ficou 15 anos no exercício do poder, tendo se tornado ditador, onde decretou o Estado Novo fechando o Congresso, suprimiu os partidos existentes, estabeleceu rígida censura e controle, tendo Vargas o poder absoluto no País.

Afastado da Presidência em 1945, em movimento de redemocratização, voltou ao poder em 1950, eleito pelo voto popular com maioria absoluta, viveu grande período de turbulência política. Pressionado e acuado pela oposição, acabou cometendo o suicídio em 24 de agosto de 1954, deixando a famosa carta testamento, que tem a célebre frase: “Saio da vida para entrar na História”.

Nacionalismo foi marca importante de sua trajetória. Foi fundador da Companhia Siderúrgica Nacional, em 1941, criou o Banco Nacional de Desenvolvimento – BNDES, em 1952, e a Petrobrás, em 1953.

Mas, o grande legado de Getúlio Vargas considerado à época por todos como grande ousadia, foi a legislação trabalhista a partir da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, de 1943.

A modernização do Brasil, tornando-se um país urbano e industrializado, é obra de Getúlio Vargas.  

Com todos os defeitos e problemas, Getúlio Vargas foi um líder incontestável, fazia política como ninguém, e seu legado permanece vivo na História Brasileira.

Lourival Figueiredo Melo
25 de agosto de 2014